Tuesday, July 25, 2006

The 15 minutes of fame, Nasrallah style



UN official accuses Hezbollah of 'cowardly blending' among civilians
By The Associated Press

LARNACA, Cyprus - The UN humanitarian chief accused Hezbollah late Monday of "cowardly blending" among Lebanese civilians and causing the deaths of hundreds during two weeks of cross-border violence with Israel.

The militant group has built bunkers and tunnels near the Israeli border to shelter weapons and fighters, and its members easily blend in among civilians.

Jan Egeland spoke with reporters at the Larnaca airport in Cyprus after a visit to Lebanon on his mission to coordinate an international aid effort.

On Sunday he had toured the rubble of Beirut's southern suburbs, a once-teeming Shiite district where Hezbollah had its headquarters.

During that visit he condemned the killing and wounding of civilians by both sides, and called Israel's offensive "disproportionate" and "a violation of international humanitarian law."

On Monday he had strong words for Hezbollah, which crossed into Israel and captured two Israel Defense Forces soldiers on July 12, triggering fierce fighting from both sides.

"Consistently, from the Hezbollah heartland, my message was that Hezbollah must stop this cowardly blending ... among women and children," he said. "I heard they were proud because they lost very few fighters and that it was the civilians bearing the brunt of this. I don't think anyone should be proud of having many more children and women dead than armed men.

(...)

IDF: Hizbullah preventing civilians from leaving villages in southern Lebanon

The IDF has found that Hizbullah is preventing civilians from leaving villages in southern Lebanon. Roadblocks have been set up outside some of the villages to prevent residents from leaving, while in other villages Hizbullah is preventing UN representatives from entering, who are trying to help residents leave. In two villages, exchanges of fire between residents and Hizbullah have broken out. (Hanan Greenberg)

35 comments:

Anonymous said...

Tens jeito para o cartoon. Está bem desenhado, expressivo e com «sentido de humor». Mas continuo a dizer que estás a ver o filme ao contrário. A propaganda que existe e que nos chega é fundamentalmente israelita e isso tem que ser visto precisamente do outro lado.

Procura na net, pode ser no google, «Sabra e Chatila», nas imagens. Não havia Hezbollah e os massacres eram mais que muitos. Vê «massacre de Jenin», que foi antes do Hamas vencer as eleições e contra a OLP de Arafat... Os exemplos são tantos... Continuo a achar que escolhes o lado do assassino, mas pronto. As intenções sei que são boas! Abraço e continua a fazer bons desenhos, com outro conteúdo, claro ;oP

Anonymous said...

excellent drawing, excellent post, let us keep on denouncing those putrid assassins (I mean, obviously, hezbollah/other terrorist groups and its hidden islamic supporters) and their infinite cowardice and evilness, whose purposes simply cannot be tolerated.

"Ver o fime ao contrário"???!! Não pretendo ficar a ver o mundo aos quadradinhos, leia-se por baixo de uma burka, sem acesso a instrução, nem a emprego, e logo sem qualquer espécie de autonomia, dependente do arbítrio de um qualquer gajo e ser considerada sortuda se não me retirarem os genitais aos 5 anos de idade.

MN

António Araújo said...

>A propaganda que existe e que nos chega >é fundamentalmente israelita e isso tem >que ser visto precisamente do outro >lado.

Porque é que tem que ser visto "do outro lado"? Eu acho que tem que ser visto "de fora". É daí que eu tento ver...não me vais querer convencer que a imprensa está toda do lado de Israel, pois não? Se está, com amigos desses... eu vejo a imprensa, procuro na net, vejo as opinioes (mesmo as menos crediveis) de ambos os lados, e tento tirar conclusões.

>Vê «massacre de Jenin»

Que péssima escolha. Porque não vês tu também?

http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Jenin_2002

http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/middle_east/1965471.stm

Ou tenho que ver só as fontes palestinianas? São essas as fontes independentes? O artigo da wikipedia é editado por muita gente e mostra a evolução da percepção da imprensa (que também aí tomou originalmente o partido dos palestinianos). O segundo link é a conclusão de um grupo de direitos humanos, que diz que houve crimes de guerra, mas nenhum "massacre".

>Continuo a achar que escolhes o lado >do assassino

Pode ser que sim. Na verdade Israel teve muitos assassinos no poder, mas o outro lado...nem falemos nisso. Escolho o que me parece melhor e de acordo com a situação presente. O Hamas e o Hezbollah parecem-me a pior escolha possivel. Cheiram-me à idade das trevas no seu pior.
Mas posso estar errado. Podemos sempre esatr errados. Diz lá, não admitirias agora que os comunistas já se aliaram a alguns tipos algo sinistros? Ou o Staline ainda goza de apologistas?
Se eu estiver errado, estou em boa companhia.:p

>As intenções sei que são boas!

Disso eu também não duvido :)
Algum de nós está errado. Ou estaremos os dois, de várias formas. No final de contas, faz-se o que se pode. Eu estou convencido do que estou a dizer, e, na medida em que não és um interlocutor anónimo qualquer, também não duvido da tua sinceridade. Sei que levas isto muito a sério.

No final, como aquela coisa de Jenin, a verdade é sempre dificil de descobir, porque depende, à partida, das fontes que nos parecem mais crediveis. Temos que seguir o nariz, que não é infalivel...:)

> Abraço e continua a fazer bons >desenhos, com outro conteúdo, claro >;oP

Farei con outro conteudo, claro, mas lamento dizer que por agora este será tambem recorrente. Nao posso evitá-lo, é o que me sai naturalmente. Tu conseguias "afastar" as causas do PC do teu blog? :)

Espero que aprecies ao menos os desenhos e o humor (negro) enquanto tudo isto não passa :)

Um abraço,
A.

Anonymous said...

imaginem que em Portugal existia um grupo terrorista!

isso é razão para o nosso país ser invadido?

Anonymous said...

MN,

a mutilação genital feminina é praticada em Àfrica, em alguns países do Médio Oriente e em algumas partes da Ásia e do Pacífico, assim como em comunidades da América do Norte e Latina e da Europa.

"In the Middle East, FGM is practised in Egypt, Oman, Yemen and the United Arab Emirates."

Os dados são da amnistia internacional.

Anonymous said...

quanto à mutilação genital masculina, é praticada extensivamente nas comunidades judaicas.

Anonymous said...

Caro Anónimo,
Lamento, mas não consigo encontrar o fio condutor da sua argumentação.
MN

Anonymous said...

what the hell does any of you know about the history of the strugle or about hizbulah or about anything , you are just repeating what your informative media is telling you without thinking about anything , read a little about history from various sources and make up your own mind .

António Araújo said...

Thank you. Next time I'll limit myself only to sources you approve of. You'll be kind enough to refer those impartial sources to me, won't you? I'm sure they will be quite informative regarding the "unprovoqued crimes of the sionist entity" and so on. I also thank you for letting me know that I am just as ignorant about all other things, of which you are surely an expert, and kindly beg of you if you'd be so kind as to deliver some of that knowledge to me.

Best regards,
Your humble student.

António Araújo said...

>imaginem que em Portugal existia um >grupo terrorista!

>isso é razão para o nosso país ser >invadido?

Imagina que em Portugal existia um grupo terrorista que fazia incursões em que atacava a Espanha e voltava a Portugal para tomar refugio. Imagina que Portugal nao fazia nada para o impedir (seja porque nao queria ou porque nao tinha força para isso). Imagina que além disso era permitido a uma facção politica desse grupo manter lugares no parlamento Português.

Podes ter a certeza de que se Portugal nada fizesse, a Espanha acabava por entrar aqui para resolver o assunto. E sim, creio que tinha uma boa razão para o fazer.

Eu, como Português, não ficaria, obviamente, nada contente. Mas isso não muda nada.

Anonymous said...

Cara MN,
Lamento, mas não lhe consigo fazer um desenho.
Anônimo

Anonymous said...

> Imagina que em Portugal existia um grupo terrorista que fazia incursões em que atacava a Espanha e voltava a Portugal para tomar refugio.

Para a situação ficar mais parecida, imagina também que o estado espanhol atacava cidades portuguesas, fazia prisioneiros e matava civis...


> Imagina que Portugal nao fazia nada para o impedir (seja porque nao queria ou porque nao tinha força para isso). Imagina que além disso era permitido a uma facção politica desse grupo manter lugares no parlamento Português.

Estás a falar do hezbollah? Não sabia que ocupavam lugares no parlamento libanês. Mas se o fazem é porque o estado libanês os considera uma força política válida. Eu não tenho opinião sobre eles(não os conheço), mas não posso deixar de notar que parecem ser os únicos a defender o território libanês que está a ser atacado pelo estado sionista de Israel -- o estado! não o povo israelita!

Aliás os israelitas estão bastantes descontentes com os seus governantes e com esta guerra. Têm havido manifestações e protestos. Porque é que não falas disso aqui?

Esta noção de terrorismo: para acabar com os muito maus, aqueles que são um perigo para a humanidade, é preciso matar muita gente... enfim, eu não entendo! ...

Anonymous said...

MN,

as situações que refere

"Não pretendo ficar a ver o mundo aos quadradinhos, leia-se por baixo de uma burka, sem acesso a instrução, nem a emprego, e logo sem qualquer espécie de autonomia, dependente do arbítrio de um qualquer gajo e ser considerada sortuda se não me retirarem os genitais aos 5 anos de idade."

são muito graves e devem ser combatidas. Mas a verdade é que a discriminação das mulheres acontece em muitos países e sob formas muito diferentes.

Por exemplo, na maior parte dos países árabes as mulheres usam um lenço a tapar os cabelos, e não uma burka, e na maioria desses países não existe tradição de mutilação genital feminina. A piada é que os israelitas, os judeus em geral, praticam a circuncisão, que apesar de não afectar o funcionamento do orgão masculino, também é uma forma de mutilação, ou não é?

No Médio Oriente, existem países com características sociais muito diferentes.

Por exemplo, a Arábia Saudita é uma ditadura islâmica, é uma sociedade fundamentalista onde as pessoas (não só as mulheres) levam uma vida dificil. E ao mesmo tempo, a Arábia Saudita é um dos maiores mercados bolsistas mundiais...

Já na Síria existe um sociedade muito mais aberta. Uma das coisas que impressionam os estrangeiros é ver mulheres de mini-saia na rua, ou ver mulheres a fumar, ou a conduzir. Neste país as mulheres e todos os trabalhadores têm mais direitos e maior liberdade.

Estas diferenças sociais devem-se à actuação dos governos destes países, e não se mudam com a guerra, com a invasão destes países. Só mudam quando à frente dos governos estiverem forças progressistas.

Anonymous said...

Já agora, convém lembrar que no nosso país a situação das mulheres também é muito difícil:

há mulheres que são despedidas por estarem grávidas, outras que só são contratadas se assinarem documentos em que se comprometem a não ter filhos;

os lugares de chefia, normalmente são ocupados por homens, mesmo nas empresas em que a maioria dos trabalhadores são femininos;

há mulheres que são condenadas à prisão por fazerem um aborto, quando basta ter dinheiro para ir fazê-lo a Espanha...

na maioria das famílias são as mulheres que cuidam das crianças e dos idosos, que fazem a comida e que limpam a casa; às vezes nem podem ter uma profissão porque estão sobrecarregadas com estas tarefas. são hábitos antigos...

a educação dos filhos também é diferente entre rapazes e raparigas: em geral os rapazes têm muito maior liberdade a partir da adolescência, enquanto que as raparigas são mais responsabilizadas.


Convém lembrar que a situação social das mulheres mudou muito nos últimos 30 anos. E que os grandes progressos nos direitos das mulheres se devem ao 25 de Abril e à constituição redigida nessa altura. Depois disso pouco tem mudado.

Anonymous said...

Those who would give up Essential Liberty to purchase a little Temporary Safety, deserve neither Liberty nor Safety.

António Araújo said...

>Those who would give up Essential >Liberty to purchase a little >Temporary Safety, deserve neither >Liberty nor Safety.

Conheço a citação, mas não vejo bem qual o contexto em que quer utilizá-la.

António Araújo said...

>Eu não tenho opinião sobre eles>>(não os conheço), mas não posso >deixar de notar que parecem ser >os únicos a defender o território >libanês que está a ser atacado >pelo estado sionista de Israel --

Isso é deturpação para lá de todos os limites. O governo e grande parte do povo libanês queriam ha muito tempo livrar-se do Hezzbollah. O ataque israelita foi provocado pelas accoes do Hezzbollah - que atacou primeiro, atravessando a fronteira - e agora eles são os defensores do libano contra os "ataques sionistas"? Isso não faz sentido nenhum.

>o estado! não o povo israelita!

Bela diferença. Obrigado. Ja agora: O ataque é contra o Hezzbollah. O Hezzbollah, *não* o povo Libanês.

>Aliás os israelitas estão >bastantes descontentes com os >seus governantes e com esta >guerra. Têm havido manifestações >e protestos. Porque é que não >falas disso aqui?

Tu escolhes uma minoria de descontentes e chama-los "o povo israelita" (se nao sao uma minoria, cabe-te a ti mostrares-me os numeros - o fardo da prova esta sobre quem alude a informaçoes novas). Será que quem não está do teu lado faz parte da "entidade sionista" e já não é d'"o povo"? Essa prepotência é o que leva certos intelectuais de esquerda que nunca fizeram parte "do povo" a um tipo de arrogância que lhes garante que o povo nunca vota neles. Lembro-me bem do meu pai, que era certamente "do povo", e não tinha paciencia para os meninos finos da esquerda.

Ha manifestacoes, o que prova que israel é ao menos democratico. Em Israel ha esquerda e direita, e faccoes pacifistas e faccoes belicistas, e todas se manifestam. Ao contrario de outros sitios onde todos se manifestam a favor de partidos unicos ou regimes teocraticos que falam pela voz de deus e/ou d'"o povo". É que os israelitas podem acreditar estupidamente que deus lhes deu o torrão de terra, mas ao menos são eles a geri-lo. Outros acreditam que tudo o que fazem é por ordem divina. É por isso que o Islão é hoje um cancro muito pais perigoso que o Cristianismo ou o Judaismo.

Quanto a manifestacoes, fica sabendo que muitos israelitas estão chateados, sim, com a falta de eficácia do exercito e da liderança do governo. Mas presumo que esses nao contam para as esatisticas como sendo d'"o povo".
Ja agora, pode-se ser do povo sem fazer parte do partido comunista de Israel? Quem vota na direita nao é do povo?

>Esta noção de terrorismo: para >acabar com os muito maus, aqueles >que são um perigo para a >humanidade, é preciso matar muita >gente... enfim, eu não >entendo! ...

Mas ja entendes os terroristas do Hezzbollah que disparam misseis deliberadamente contra os civis israelitas? Eu também não entendo.

O relativismo moral ou serve para todos ou nao serve para nenhum.

Ja agora, estou um bocado farto de ouvir que sempre que morre um libanes ele tinha filhos e caes e plantava papoilas. Quando morre um israelita é só um numero.

Por acaso ha uma rapariga que foi desenhada neste blog, duas vezes, e que eu conheço, e que é Israelita. Ela deixou de aparecer na net (e de ir a escola, e de trabalhar) porque tem passado os dias no abrigo. Convém conhecer pessoas reais de ambos os lados para não andarmos a tratar alguns como seres humanos e outros como gado. Eu pessoalmente ficava muito triste se ela levasse com um rocket em cima, mas que sei eu, se calhar ela é so parte da "entidade sionista".

António Araújo said...

>Já agora, convém lembrar que no >nosso país a situação das >mulheres também é muito difícil:

Mais uma vez o relativismo assimétrico. as falhas dos Portugueses são terrveis crimes contra as mulheres.

Mas as violencias e opressoes incomparavelmente superiores dos regimes islamicos devem ser compreendidas por causa do contexto cultural e do relativismo moral.

É logicamente inevitavel que em Portugal também ha "um contexto cultural" e tambem se aplica o relativismo moral.

Acreditar que nao, exigir aos Europeus que estejam para lá disso, é de uma arrogancia inacreditavel e mostra uma nocao de que deveria haver superioridade racial (ao nivel moral) absurda. Sim, é preconceito, e racismo, e essas palavras bonitas todas patenteadas pela esquerda e cujo significado ela parece desconhecer.

Alem de que te estas a esquivar: ninguem estava a criticar os paises arabes, estava-se a criticar os regimes Islamicos. Se nao vês a diferença, isso demonstra um preconceito grave contra os àrabes...

António Araújo said...

>Convém lembrar que a situação >social das mulheres mudou muito >nos últimos 30 anos. E que os >grandes progressos nos direitos >das mulheres se devem ao 25 de >Abril e à constituição redigida >nessa altura. Depois disso pouco >tem mudado.

O grande livro da História de Portugal...aos quadradinhos.

Bullshit! Isso lembra-me de uma miudinha que, tendo a minha mae dito que antigamente se vivia debaixo de grandes restricoes familiares, lhe perguntou: "Ah, mas isso acabou com o 25 de abril, nao foi?"

Como se o 25 tivesse sido o dia D.

A minha mae respondeu: "Isso acabou quando eu casei com o meu marido"

A liberdade não vem só dos regimes. Vem das pessoas. O endeusamento do comunismo é uma estupidez. Ainda me lembro daquele quadro patetico da Frida Khalo que dizia "o comunismo curará os doentes" e das caras do marx e do lenine e flutuar como numa revelação cristã qualquer. A Frida, que andava talvez a comer o Trotski, mas que depois adorava o seu assassino Staline. Tudo bons rapazes.

A liberdade vem de cada um. Muita gente de esquerda é arrogante e prepotente. Muitos casalinhos de esquerda vivem submersos na prepotencia masculina e no machismo retardado. Muitos de direita têm muito mais liberdade. O oposto também pode ser verade. São as pessoas, não as ideologias, o que interessa.

Na casa dos meus pais as mesmas pessoas votaram em todo o espectro, do PCP ao CDS, conforme a avaliação do momento. O meu pai, que nao gostava dos idealismos extremistas - porque nao acreditava neles - votou sempre PSD, e no entanto nunca vi que o 25 de abril tivesse que libertar a minha mae de opressao alguma.

Sao as pessoas que contam. É possivel ter regimes autoritarios, e familias autoritarias, e mulheres ou maridos autoritarios, machistas ou prepotentes ou arrogantes, de direita ou de esquerda. O Comunismo, e o capitalismo, so por si nao salvam ninguem. Muitas vezes as pessoas refugiam-se nesses ideias abstractos porque não conseguem enfrentar o concreto. É mais facil dizer que lutamos contra "a opressao do capitalismo global" (isto é, agitamos bandeiras no anonimato seguro de uma multidao de amigos) do que enfrentar *realmente* a mais pequena das opressoes reais e concretas da nossa vida.

É por isso que qualquer adolescente pode ir à rua enfrentar os USA mas chega a casa e quando leva uma lambada do pai porque teve más notas, bate a bola baixinho...

António Araújo said...

Tenho que acrescentar que eu, que não sou de esquerda (nem de direita), e que nunca tive mulher alguma que me acusasse de a tratar mal ou de ser prepotente ou machista ou opressivo para com ela, fico algo ofendido que me venham dizer que elas so estao protegidas das minhas possiveis ofensas e opressoes pelo dia D, ou pelo 25 de Abril, ou pelo livrinho vermelho do Mao, ou pela constituição.

Gostava de pensar que tenho qualquer coisa de pessoal a ver com isso.

Não me lembro sequer de ter lido a constituição...mas como os comunistas também não leram nem o Capital nem o manifesto, creio que estou perdoado...

António Araújo said...

Ainda acerca do tal descontentamento do povo israelita...talvez seja este descontentamento?

Quando se diz que os movimentos como o Hamas e o Hezzbollah acabam no dia em que Israel não lhes der motivo para existir...convém lembrar que o motivo que eles próprios proclamam para a sua existência é a destruição do estado de Israel.

Assim sendo, e só assim sendo, é verdadeira a afirmação. Verdadeira, mas pouco razoavel.

Anonymous said...

>Eu não tenho opinião sobre eles>>(não os conheço), mas não posso >deixar de notar que parecem ser >os únicos a defender o território >libanês que está a ser atacado >pelo estado sionista de Israel --

Anonymous said...

realmente não é correcto.
existem outras forças que lutam e resistem contra os ataques israelitas, e existem pessoas que nunca pertenceram a nenhum movimento e que agora lutam para defender as suas casas e as suas famílias.

Anonymous said...

>Mas ja entendes os terroristas do Hezzbollah que >disparam misseis deliberadamente contra os civis >israelitas?


Não.

E também não entendo o silêncio e a cumplicidade da dita comunidade internacional, em particular do governo português. Ou melhor, entendo mas não aceito!

Há milhares de mortos e de refugiados no Líbano e na Palestina, vítimas inocentes dos ataques israelitas... e tu estás a justificar esta guerra. Só falta dizeres que os israelitas ainda estão à procura do soldado desaparecido... Não te sentes moralmente responsável pela morte destas pessoas?

Anonymous said...

Em 2003, 8 portugueses ficaram detidos no aeroporto de Telaviv durante 16 horas quando tentavam entrar em Israel. O seu crimes? Eram membros da Juventude Comunista Portuguesa e pretendiam visitar os territórios ocupados da Palestina.
É esta a democracia do estado de Israel.

António Araújo said...

>Mas ja entendes os terroristas do Hezzbollah que >disparam misseis deliberadamente contra os civis >israelitas?


>Não.

Se não, então porque é que nunca condenas ou sequer referes os crimes cometidos pelo Hezzbollah?

>E também não entendo o silêncio e >a cumplicidade da dita comunidade >internacional, em particular do >governo português. Ou melhor, >entendo mas não aceito!

Não percebo que silencio é esse. Não há silencio nenhum. Não se fala noutra coisa. O que tu não entendes é que eles não digam o que tu queres ou achas certo. Não chames a isso silêncio. Curiosamente os Israelitas acham que estão a ser perfeitamente injustiçados pela imprensa mundial. E eu concordo.

>Há milhares de mortos e de >refugiados no Líbano e na >Palestina, vítimas inocentes dos >ataques israelitas...

Quantos milhares? Vamos lá a não inflacionar as contas. Também há uns tantos membros do Hezzbollah mortos. Pena que eles usam os civis como colete à prova de bala.

Também há muitos mortos e desalojados em Israel. Alguns são arabes que viviam no Norte, curiosamente. Mas esses *civis* foram atingidos *deliberadamente* pelo Hezzbollah. O tal que so defende o Libano.

e tu estás >a justificar esta guerra. Só >falta dizeres que os israelitas >ainda estão à procura do soldado >desaparecido...

Eu não estou a justificar coisa alguma. Eu estou meramente a deixar claro quem apoio numa guerra que ninguem desejava e que foi provocada pelo ataque do Hezzbollah. Poderia ter sido evitada, mas culpar os israelitas é absurdo.

> Não te sentes >moralmente >responsável pela morte >destas >pessoas?

Não. Tu sentes-te moralmente culpada por apoiar um grupo terrorista que dispara deliberadamente sobre civis israelitas, que usa civis libaneses como escudo e que provocou esta guerra com um ataque idiota e irresposavel a Israel?

António Araújo said...

>Em 2003, 8 portugueses ficaram >detidos no aeroporto de Telaviv >durante 16 horas quando tentavam >entrar em Israel.

Bom, isso conta como um crime contra a humanidade. São uns mártires :)

O seu crimes? >Eram membros da Juventude >Comunista Portuguesa e pretendiam >visitar os territórios ocupados >da Palestina.

Já houve gente que esperou mais horas no aeroporto e cujo unico crime era querer visitar as Bahamas e ter levado com o overbooking. O turismo é lixado.:p

Ainda anteontem houve uma data de gente a espera em Heathrow e companhia, e não tinha cometido crime nenhum. Cortesia de outros incompreendidos islamistas.

Se achas que deixar à espera 16 horas um grupo de pessoas claramente partidárias de grupos inimigos de Israel é algo inaceitavel em democracia...tens cá uma lata!...

Que sorte que teriam grupos anti-castro que quisessem circular livremente por cuba, grupos capitalistas que quisessem passear pela antiga URSS, e o mesmo vale para a coreia do Norte, Irão, etc, que são uns verdadeiros paraísos. E vens falar-me de 16 horas de espera para irem alegremente passear pelos "territorios ocupados" e conversar com os seus amigos "resistentes". Perdoai-me que viro a cara para esconder as lágrimas...a JCP não é propriamente a cruz vermelha - é um grupo politico estrangeiro e com uma posição hostil, que vinha fazer uma sessão de publicidade aos inimigos do estado que os acolhia. Se lhes fôsse recusada a entrada isso não me espantaria.

Esse acontecimento terrivel, suponho, tem o nome de "o massacre de Telaviv" ou algo assim, não? Se não tem é porque por acaso ninguem partiu uma unha.

Ah, e, não, não me lembrava de tal ocorrência. Na altura acho que já não via televisão e na net não só se vê melhor as noticias como se filtra naturalmente as de menor importância. Parece-me ser o caso.

António Araújo said...

Quanto à ideia recorrente de que os media estão a ser favoraveis a Israel - o que é falso e irrita-me profundamente - informo-te do seguinte: O mesmo fotografo que tinha sido posto em causa em relação à "saga do Sir green helmet em Qana" (que podes ver noutros dois posts deste blog)e defendido pela sua agencia com argumentos algo duvidosos foi agora APANHADO em flagrante com uma outra foto dos suburbios de Beirut que ele *alterou no photoshop* para criar a impressao de um maior numero de danos na cidade. Isto não é teoria de conspiracao, desta vez, porque ja foi aceite pela propria REUTERS, que foi forçada a retirar a foto e a pedir desculpa, tendo finalmente despedido o cavalheiro. Isto torna mais do que evidente que no outro caso as fracas desculpas deviam ser obviamente falsas e o mesmo fotografo estava a aldrabar em Qana, o que, dadas as circunstancias, é perfeitamente vil. Nota entretanto que esse outro caso implicava *varios* outros fotografos.

podes ler sobre o assunto aqui ou aqui

A REUTERS tem sido atacada ultimamente por favorecer o Hezzbollah e o Hamas, e desta vez nao ha qualquer duvida de que ha por la algo de podre.

O problema é que tu nao achas que a cobertura dos acontecimentos é sequer imparcial se não se ler exactamente como um comunicado do PCP. Lamento, mas isso nao acontecerá. E lamento mesmo, porque seria mais obvio. Sendo as coisas como são, não te preocupes que uma esquerda mais subtil e mais eficaz está bastante presente no mundo jornalistico, e ajuda bem que chegue a causa que tomas por tua. É pena, e é injusto, que não lhes dês crédito. É giro que no entanto, quando uma certa direita se mexe, e mexe-se, tu notas logo. Porquê a visâo selectiva? Aqui neste blog sempre se criticaram as desastrosas propagandas de Bush e amigos e nessa altura ninguém reclamava. Lamento, eu não sou fan boy de clube nenhum. Aqui "we call them as we see them". Se os comunistas pensassem da mesma maneira não teriam conspurcado de forma idiota o nome do comunismo por associação tão cega a criminosos como o papá Staline e outros demais. Vocês protegem por associação qualquer porcaria que vos pareça vagamente camuflada de vermelho. E assim desbaratam os créditos que ganham quando fazem algo de jeito, e desbaratam as contribuições que os comunistas podiam de facto dar á sociedade, e desbaratam a credibilidade que possam ter. É triste, e é um desperdício. É certo que dá votos, por um bocadinho, entre alguma juventude crédula, mas quando eles sairem da idade da festa e começarem a ler (mais do que os resumos parciais do reader's digest vermelho), está tudo lixado.

PS: Se quiseres saber mais sobre o fotografo em questão podes ir à wikipedia (isso sim um verdadeiro exemplo de um "comunismo" que interessa) e procurar em Adnan Hajj. Aconselho-te que sigas os links.

PPS: Ainda quanto aos media, eu tenho lido as agencias principais, e agencias e blogs tanto libaneses como israelitas, alguns dos quais ja foram linkados por aqui. Não tenho medo de ler ambos os lados, alias insisto nisso, e foi precisamente assim que fui levado a achar o que acho acerca do assunto. E tu, tens lido o lado dos israelitas? ( e não me refiro só aos do PC )

António Araújo said...

Quanto à tua repetida afirmação de que o Hezzbollah luta para libertar o Libano, so posso pensar que nao sabes do que falas. Não sei se reparaste que Israel abandonou unilateralmente o libano em 2000, tendo a retirada sido considerada completa pela ONU. Só nesse momento é que os libaneses resolveram reclamar como sua as "Sheeba Farms", que sao uma ridicularia de 25 km quadrados(!!!) que *sempre* foi disputada entre o Libano, a Siria, e Israel, simplesmente porque a fronteira ali *nunca* foi clara.

(ver http://en.wikipedia.org/wiki/Shebaa_Farms)

Vais-me dizer que o Hezzbollah está a lutar desde 2000 para libertar 25 km quadrados de terra mias ou menos abandonada.
Por favor diz-me que apenas não sabias do que falavas, isso ao menos é razoavel.

Alem disso: Se vieres falar de territorios ocupados lembra-te sempre porque é que foram ocupados. Os paises arabes tentaram destruir Israel e perderam a guerra. Não me venham chorar porque falharam. Não fossem incompetentes. É uma tactica de cobardes. Primeiro tentam a violencia, e quando falham fazem o papel de coitadinhos, a chorar na ONU e nos media e a mostrar os mortos civis pelos quais ELES sao responsaveis. Por favor, ja chega de ver a esquerda associar-se a esse bando de hienas. Ao menos os israelitas mostraram ter tomates.
Agora o Hezzbollah quer um cessar fogo para lamber as feridas debaixo do guarda-chuva da ONU. Depois volta ao ataque. Eu é qye pergunto: não te sentes culpada de te associares a cobardes criminosos e estares a garantir um infindavel recomeço de hostilidades inuteis que chacinam civis e que só servem os interesses do Irão e da Siria e dos radicais islamicos à custa das vidas dos israelitas e libaneses?

Anonymous said...

eu não defendo o hezbollah. tu é que defendes as acções terroristas do estado israelita.

quanto à história dos militantes da JCP, não me devo ter explicado bem, porque ser preso é diferente de não poder embarcar. a mim, por exemplo, chatei-a-me um bocado!

Anonymous said...

para que fique claro, a minha tese é esta:

qualquer povo tem direito a se defender.

se tentarem violar uma mulher, ela tem direito a se defender. se tentarem invadir um país, as pessoas que lá vivem (e ao conjunto dessas pessoas chama-se povo) tem direito a se defender dos invasores. e isso não é terrorismo. é um acto de defesa legítimo.

foi Israel que invadiu o Líbano, e não o hezbollah que invadiu Israel.
as fronteiras israelitas foram estabelecidas numa resolução da onu em 1947. em 1948, Israel invade a Palestina. a ocupação dura até aos dias de hoje.

quando se confunde sistematicamente a potência invasora com o país invadido, está-se a tentar reescrever a história. não contes comigo para isso.

António Araújo said...

>eu não defendo o hezbollah. tu é que >defendes as acções terroristas do >estado israelita.

Tretas. O hezzbollah ataca e tu estas a espera que Israel fique quieto. Na pratica estas do lado deles sem teres a lata de o dizer. Condenas Israel mas nunca dizes nada acerca dos bombardeamentos do Hez. contra alvos civis. É bastante claro de que lado estás. Quanto a terrorismo, fazes de conta que não sabes a definição da palavra.

>foi Israel que invadiu o Líbano, e >não o hezbollah que invadiu Israel.

La voltas ao mesmo. Israel retirou do Libano em 2000. O Hezbbollah continuou a atacar Israel. Estas a falar do que??? Sê consistente!

>se tentarem invadir um país, as >pessoas que lá vivem (e ao conjunto >dessas pessoas chama-se povo) tem >direito a se defender

Concordo plenamente.
O Hezbbollah atravessou a fronteira para atacar Israel. Alem disso bombardeou alvos civis em Israel. Isso justificou plenamente as acções de Israel.

>as fronteiras israelitas foram >estabelecidas numa resolução da onu >em 1947. em 1948, Israel invade a >Palestina. a ocupação dura até aos >dias de hoje.

Quanto à guerra de 47-48, estas de novo a falar do que? As nações Unidas dividiram a Palestina em dois estados. As nações Arabes tentaram *invadir* a Palestina com o proposito de formar um unico estado àrabe, eliminando o estado de Israel. Isso foi considerado (na altura ate mesmo pela URSS) a primeira agressão de um estado sobre outro desde a segunda guerra mundial. O azar foi que os arabes PERDERAM a guerra por pura incompetencia, mas, como tu dizes, Israel tinha todo o direito a defender-se dessa invasão, tendo sido invadido.

As fronteiras mudaram depois da guerra? Mudaram. É o costume nas guerras, não sei se já reparaste. Mas a guerra foi iniciada pelos àrabes. Não tentes tu mudar a história. Agrediram, perderam, e agora choram e apontam dedos. É lamentavel.

>quando se confunde sistematicamente >a potência invasora com o país >invadido, está-se a tentar >reescrever a história. não contes >comigo para isso.

Não conto contigo para isso, porque acho que tens que ler muito sobre o assunto antes de poder escrever seja o que fôr. Estás a fazer precisamente a confusão e o revisionismo de que me acusas. Começa pelo artigo da wikipedia que se segue, e lê-o todo:

http://en.wikipedia.org/wiki/1948_Arab-Israeli_War

É curtinho e rebate alguns dos disparates Historicos que estas a dizer. Ou vais dizer que está errado porque não diz o mesmo que as historinhas que o PCP conta? A vantagem da wiki é que se discordas podes escrever tu o teu artigo e depois as outras pessoas rebatem os teus argumentos. A discussão que houve para construir este artigo esta disponivel e é muito interessante.

Noto que nunca citas fontes para as tuas afirmações. Apenas atiras coisas para o ar. Isso pode pegar com muita gente, mas comigo soa a falta de conhecimento e endoutrinação. Um homem racional, antes de questionar o outro, questiona-se a si proprio. Como eu trabalho em ciencia tenho um certo amor por esse principio. E tu?

António Araújo said...

Ao contrario do que se passa em ciencia, os livros acerca destes assuntos não são imparciais. Muita gente acha que se está a instruir sobre um assunto quando está a ler livros sobre "o problema palestiniano", e no entanto escolhe sempre os livros que tomam uma mesma perspectiva partidária sobre o problema. É fácil acabar por ter uma visão perfeitamente distoricida sobre um assunto histórico. Cheira-me que é o teu caso.

Eu reconheci sempre a existencia de um problema gravissimo face aos arabes palestinianos, e muitas vezes critiquei as accoes dos israelitas. Mas nunca deixei de criticar tambem as dos arabes quando estavam - e estiveram muitas vezes - eles em falta.

Mas ir buscar esse problema para justificar tudo o resto, ou vir com revisionismos historicos de um simplismo caricatural e de uma falsidade evidente não vem a propósito de nada e só contribui para o caos.

O facto é que estás sempre a esquivar-te ao problema em discussão, fugindo para outros assuntos. Ninguem falava dos palestinianos no post. Falava-se do Hez e de Israel, e tu serpenteias por todo o lado. Eu gosto de esgrima e posso ficar nisto o dia todo, mas estou a ver o que estas a fazer: guerra de guerrilha, ja que os teus argumentos nao suportam um confronto directo.

Finalmente, quanto ao problema da JCP. Como não o conhecia, e não me dás -como sempre- nenhuma referência, e sinceramente nem vem ao caso nem é nada de importante, só tenho que encolher os ombros. Who cares. Vão fazer férias à Siria no próximo verão.

António Araújo said...

E já agora: A UNICA tese deste post era:

O Hezzbollah usa escudos civis para ganhar pontos politicos.

NINGUEM se deu ao trabalho de a rebater ou de *sequer* se referir a ela. Em vez disso vieram com conversas sobre mil outros assuntos. É mais que evidente que são cheerleaders do Hezzbollah, não venham proclamar outra coisa, senão não mudariam de assunto nem ficariam ofendidos.

António Araújo said...

2- O teu UNICO argumento vagamente ACERCA do assunto em causa é que o Hez estava justificado porque defendia o Libano.

a) Estas de facto a tomar partido

b) O argumento é FACTUALMENTE errado porque Israel nao estava no Libano desde 2000.

Achei que estava na hora de um resumo.